Modelo de Ação Judicial para Revisão do Coeficiente de Cálculo de Benefício Previdenciário com Base na "Revisão da Vida Toda" Contra o INSS

Publicado em: 10/06/2023 Direito Previdenciário
Petição inicial que propõe Ação de Revisão do Coeficiente de Cálculo do Benefício contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O documento fundamenta o pedido na aplicação da "revisão da vida toda", com base no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, para incluir salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994 no cálculo do benefício previdenciário. Aborda jurisprudências relevantes, como precedentes do STJ e CF/88, art. 201, e solicita a aplicação do princípio do melhor benefício visando assegurar a dignidade do segurado.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCALIDADE]

Nome do Autor: [A. J. dos S.], brasileiro(a), estado civil, profissão, inscrito(a) no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador(a) do RG nº XXXXXXXX, residente e domiciliado(a) na Rua [Endereço completo], e-mail: [[email protected]].

Nome do Réu: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal, com sede na Rua [Endereço completo], e-mail: [[email protected]].

PREÂMBULO

O Autor, por intermédio de seu advogado, devidamente constituído nos termos do instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE REVISÃO DO COEFICIENTE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO, com fundamento no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, bem como na jurisprudência consolidada, em face do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor é beneficiário de aposentadoria por invalidez, concedida em [data], com data de início do benefício (DIB) em [data]. O cálculo da renda mensal inicial (RMI) do benefício foi realizado com base na regra de transição prevista no art. 3º da Lei 9.876/1999, que considera apenas os salários-de-contribuição posteriores a julho de 1994.

No entanto, o Autor contribuiu regularmente para a Previdência Social antes de julho de 1994, com valores que, se considerados no cálculo do benefício, resultariam em uma renda mensal inicial mais vantajosa. Assim, busca-se a aplicação da chamada "revisão da vida toda", para que sejam incluídos no cálculo do benefício os salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994, conforme a regra definitiva do art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991.

DO DIREITO

A presente ação encontra fundamento no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, que estabelece os critérios para o cálculo do salário de benefício, considerando a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo do segurado.

A regra de transição prevista no art. 3º da Lei 9.876/1999, ao limitar o cálculo aos salários-de-contribuição posteriores a julho de 1994, prejudica segurados que possuíam contribuições mais vantajosas antes dessa data. Nesse sentido, a aplicação da regra definitiva do art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, é mais benéfica ao Autor, garantindo o princípio da proteção social e da dignidade da pessoa humana, previstos no CF/88, art. 1º, III, e art. 201.

Ademais, o princípio do melhor benefício, consagrado pela jurisprudência, assegura ao segurado o direito à aplicação da norma mais vantajosa, conforme entendimento consolidado do STJ e do STF.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Dos Fatos

O Autor, identificado como A. J. dos S., é beneficiário de aposentadoria por invalidez, concedida em [data], com data de início do benefício (DIB) em [data]. O cálculo da renda mensal inicial (RMI) do benefício foi realizado com base na regra de transição prevista no art. 3º da Lei 9.876/1999, que leva em consideração apenas os salários-de-contribuição realizados após julho de 1994.

No entanto, o Autor contribuiu regularmente para a Previdência Social antes de julho de 1994, com salários-de-contribuição mais elevados. O desconsiderar desses valores no cálculo do benefício resultou em uma renda mensal inicial inferior ao que seria devido. Por esse motivo, o Autor busca a aplicação da denominada "revisão da vida toda", que visa incluir os salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994 no cálculo do benefício, conforme disposto no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991.

2. Do Direito

A pretensão do Autor encontra fundamento jurídico no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, que define os critérios para o cálculo do salário de benefício. A norma determina que o cálculo seja feito com base na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo do segurado.

A regra de transição prevista no art. 3º da Lei 9.876/1999, que exclui do cálculo os salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994, prejudica segurados como o Autor, que possuem contribuições mais vantajosas anteriores a essa data. Com base no princípio da proteção social e da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, e art. 201 da Constituição Federal de 1988), bem como no princípio do melhor benefício, o Autor tem direito à aplicação da regra definitiva, conforme jurisprudência consolidada.

O princípio do melhor benefício assegura ao segurado o direito de optar pela norma mais vantajosa, desde que preenchidos os requisitos legais. Esse princípio encontra amparo no art. 194, parágrafo único, IV, da CF/88, que prevê a universalidade e equidade da cobertura previdenciária.

3. Jurisprudências

A pretensão do Autor é reforçada por precedentes judiciais. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem decidido favoravelmente à aplicação da "revisão da vida toda", quando comprovado que a regra definitiva é mais benéfica ao segurado. Além disso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) destaca que a competência para julgar essa matéria previdenciária é da Justiça Federal, conforme art. 109, I, da Constituição Federal.

4. Conclusão

Diante dos fatos apresentados, o Autor busca o reconhecimento do direito à revisão do cálculo de seu benefício previdenciário, com a inclusão dos salários-de-contribuição anteriores a julho de 1994. Tal medida é necessária para garantir o cumprimento dos princípios constitucionais da proteção social, da dignidade da pessoa humana e do melhor benefício. Além disso, o pedido encontra respaldo legal no art. 29, I e II, da Lei 8.213/1991, bem como no entendimento consolidado da jurisprudência brasileira.


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