Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito e Indenização por Danos Morais: Negativação Indevida em Relação de Consumo

Publicado em: 07/03/2024 Consumidor
Petição inicial proposta por João Carvalho em face da Vivax Telecom, objetivando a declaração de inexistência de débito e a condenação da empresa ao pagamento de indenização por danos morais, devido à negativação indevida do nome do autor nos cadastros de inadimplentes. O caso envolve relação de consumo regida pelo Código de Defesa do Consumidor e fundamenta-se em violação da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana, além de configurar ato ilícito. O autor apresenta comprovação de quitação da dívida, a qual foi ignorada pela ré, resultando em prejuízos financeiros, constrangimento e abalo à honra. A petição inclui pedidos de tutela de urgência, exclusão do nome do autor dos cadastros de inadimplentes, e produção de provas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE PITANGA/PR

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

JOÃO CARVALHO, brasileiro, solteiro, técnico mecânico, portador do RG nº 456, inscrito no CPF sob o nº ___, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 789, na cidade de Pitanga/PR, endereço eletrônico: ___, vem, por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, endereço eletrônico: ___, com fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro, bem como nos artigos 319 e seguintes do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de VIVAX TELECOM, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 001.002.3333/3124-56, com sede na cidade de Maringá/PR, na Rua ___, nº ___, Bairro ___, CEP ___, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor foi notificado pela Ré, em dezembro de 2023, acerca de uma suposta pendência financeira no valor de R$ 1.100,00, referente à sua conta de telefonia. Na notificação, a Ré advertiu que, caso o pagamento não fosse realizado no prazo de 15 (quinze) dias, o nome do Autor seria negativado nos órgãos de proteção ao crédito.

Ocorre que o Autor, ao verificar seus registros, constatou possuir o comprovante de pagamento da referida conta. No mesmo mês, enviou o comprovante à Ré por e-mail e realizou contato telefônico, registrando o protocolo nº 171BR, para informar o pagamento e solicitar a regularização da situação.

Contudo, em janeiro de 2024, ao tentar financiar uma motocicleta para uso diário no trabalho, o Autor foi surpreendido com a negativa do financiamento devido à inclusão de seu nome nos cadastros de inadimplentes, em razão da dívida já quitada.

Tal situação causou ao Autor constrangimento, transtornos e prejuízos, uma vez que ficou impossibilitado de adquirir o veículo necessário para sua locomoção, além de ter sua honra e reputação abaladas pela negativação indevida.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), configurando-se como relação de consumo, sendo o Autor consumidor e a Ré fornecedora de serviços, nos termos dos artigos 2º e 3º da referida lei.

A conduta da Ré, ao negativar indevidamente o nome do Autor, viola os princípios da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). Além disso, configura ato ilícito, nos termos do CCB/2002, art. 186, gerando o dever de indenizar (CCB/2002, art. 927).

O Autor cumpriu com sua obrigação de pagamento e notificou a Ré, que, por sua vez, negligenciou a análise das informações fornecidas, persistindo na negativação indevida. Tal conduta é incompatível com o dever de cuidado e zelo esperado de uma empresa prestadora de serv"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito c/c indenização por danos morais proposta por João Carvalho em face de Vivax Telecom. A controvérsia versa sobre suposta negativação indevida nos cadastros de inadimplentes, mesmo após o autor comprovar o pagamento da dívida apontada.

Dos Fatos

Conforme narrado nos autos, o autor foi notificado acerca de uma dívida de R$ 1.100,00 que, segundo ele, já havia sido quitada, conforme comprovante anexado. Apesar de ter comunicado a ré, esta negligenciou a análise da documentação e negativou o nome do autor nos cadastros de inadimplentes, causando transtornos e prejuízos ao tentar financiar uma motocicleta para o trabalho.

Do Direito

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), e a conduta da ré caracteriza violação ao artigo 422 do Código Civil Brasileiro, que trata da boa-fé objetiva, bem como ao princípio da dignidade da pessoa humana disposto no artigo 1º, inciso III da Constituição Federal de 1988.

A negativação indevida gera presunção de dano moral, segundo entendimento consolidado na jurisprudência. Ainda, o artigo 186 do Código Civil determina que aquele que por ação ou omissão causar dano a outrem comete ato ilícito, cabendo a reparação de danos nos termos do artigo 927 do mesmo diploma legal.

Dos Fundamentos Constitucionais e Legais

O artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988 estabelece que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões". Assim, considerando os fatos amplamente demonstrados nos autos, a conduta da ré violou o princípio da dignidade da pessoa humana, além de configurar ato ilícito com base no artigo 186 do Código Civil.

Ademais, a conduta da ré foi negligente ao não observar a documentação enviada pelo autor, o que resultou na inclusão indevida do nome deste nos cadastros de inadimplentes. Tal situação extrapola o mero aborrecimento e enseja a reparação dos danos morais sofridos.

Da Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica no reconhecimento de danos morais em casos de negativação indevida. Cito precedentes:

  • Petição inicial e relação de consumo: "A relação de consumo evidenciada e a falha no serviço ensejam a inversão do ônus probatório, cabendo ao réu comprovar sua boa-fé." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. João Camillo de Almeida Prado Costa, julgado em 13/09/2024).
  • Negativação indevida: "A inclusão indevida do nome do autor nos cadastros de inadimplentes é suficiente para gerar o dever de indenizar." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Márcio Teixeira Laranjo, julgado em 21/08/2024).

Da Decisão

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, inciso IX da Constituição Federal, conheço do pedido e julgo procedente a ação, nos seguintes termos:

  1. Declaro a inexistência do débito imputado ao autor.
  2. Determino a exclusão imediata do nome do autor dos cadastros de inadimplentes, sob pena de multa diária de R$ 500,00.
  3. Condeno a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
  4. Condeno a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação.

Conclusão

Por todo o exposto, julgo procedente o pedido formulado pelo autor, nos termos acima descritos.

___________________________

Juiz de Direito


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