Modelo de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Contratação de Responsável Técnico para Pet Shop com Base na Lei da Liberdade Econômica e Princípios Constitucionais

Publicado em: 06/05/2024 CivelConsumidor
Petição inicial de Ação Declaratória de Inexigibilidade de Contratação de Responsável Técnico para um pet shop, abordando a ausência de fundamento legal para tal exigência em atividades exclusivamente estéticas (banho e tosa) e fundamentada nos princípios constitucionais da legalidade, razoabilidade, proporcionalidade e liberdade econômica, conforme CF/88 e Lei nº 13.874/2019. O documento inclui pedido de tutela de urgência, citações de jurisprudências e requerimentos processuais, como realização de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

[Espaço reservado para o número do processo, se aplicável]

PREÂMBULO

[NOME COMPLETO DO AUTOR], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], vem, por meio de seu advogado, devidamente constituído (procuração anexa), com escritório profissional localizado à [endereço completo do advogado], onde recebe intimações, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE CONTRATAÇÃO DE RESPONSÁVEL TÉCNICO

Em face de [NOME COMPLETO DO RÉU], pessoa jurídica de direito público/privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O autor é proprietário de um estabelecimento comercial do ramo de pet shop, cuja atividade principal é a prestação de serviços de banho e tosa de animais domésticos.

Recentemente, o autor foi notificado pela [autoridade competente, ex.: Vigilância Sanitária ou Conselho Regional de Medicina Veterinária] para que contratasse um responsável técnico, sob pena de imposição de sanções administrativas, como multas e eventual interdição do estabelecimento.

Contudo, o autor entende que tal exigência é desarrazoada e desproporcional, uma vez que as atividades desenvolvidas em seu estabelecimento não envolvem procedimentos médicos veterinários, mas apenas serviços estéticos e de higiene, os quais não demandam a supervisão de um profissional técnico especializado.

Diante disso, busca-se a declaração judicial de inexigibilidade da contratação de responsável técnico para o funcionamento do pet shop, a fim de resguardar o direito do autor de exercer sua atividade econômica sem imposições indevidas.

DO DIREITO

A exigência de contratação de responsável técnico para estabelecimentos que realizam exclusivamente serviços de banho e tosa carece de fundamento legal, sendo incompatível com o princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II), que estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.

Ademais, a atividade desenvolvida pelo autor não se enquadra nas hipóteses previstas na legislação que regula a atuação de médicos veterinários, como a Lei nº 5.517/1968, que dispõe sobre o exercício da profissão de médico veterinário e cria os Conselhos Regionais e Federal de Medicina Veterinária. A referida norma não prevê a obrigatoriedade de supervisão técnica para serviços de banho e tosa, que não envolvem riscos à saúde dos animais ou à saúde pública.

O princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, c"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de ação declaratória de inexigibilidade de contratação de responsável técnico ajuizada por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face de [NOME COMPLETO DO RÉU]. O autor, proprietário de um estabelecimento comercial do ramo de pet shop, questiona a exigência de contratação de responsável técnico imposta pela [autoridade competente], sob a alegação de que as atividades realizadas em seu estabelecimento não envolvem procedimentos médicos veterinários que demandariam tal supervisão.

Em contestação, o réu sustenta a legalidade da exigência, argumentando que a contratação de responsável técnico visa garantir a segurança e a saúde pública relacionadas às atividades do pet shop.

FUNDAMENTAÇÃO

A controvérsia submetida a julgamento versa sobre a exigibilidade de contratação de responsável técnico para o funcionamento de estabelecimento comercial que realiza exclusivamente serviços de banho e tosa de animais domésticos.

Inicialmente, cumpre destacar que o princípio da legalidade, consagrado no art. 5º, II, da Constituição Federal de 1988, estabelece que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei". Assim, qualquer imposição ao particular deve encontrar fundamento em norma legal expressa.

No caso concreto, não se verifica, na legislação aplicável, qualquer dispositivo que imponha a contratação de responsável técnico para serviços de banho e tosa, especialmente quando tais atividades não envolvem procedimentos médicos veterinários. A Lei nº 5.517/1968, que regula o exercício da profissão de médico veterinário, não exige supervisão técnica para atividades meramente estéticas ou de higiene realizadas em pet shops.

Ademais, a imposição de tal exigência configura afronta aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal. A medida, nos moldes em que foi imposta, revela-se excessiva e desproporcional, na medida em que onera desnecessariamente o autor e inviabiliza o exercício de sua atividade econômica.

Ressalte-se, ainda, que o art. 170, parágrafo único, da Constituição Federal, assegura a liberdade de exercício de qualquer atividade econômica, devendo a intervenção estatal limitar-se ao estritamente necessário para assegurar o interesse público. Tal diretriz é reforçada pela Lei nº 13.874/2019 (Lei da Liberdade Econômica), que estabelece a necessidade de mínima intervenção estatal na atividade econômica.

Por fim, a jurisprudência dos tribunais superiores e estaduais tem reconhecido que a imposição de obrigações aos particulares deve observar os princípios mencionados, sob pena de configurar excesso regulatório. Nesse sentido:

TJSP (19ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A imposição de obrigações desproporcionais e sem amparo legal aos particulares configura excesso regulatório passível de controle judicial."

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por [NOME COMPLETO DO AUTOR] para declarar a inexigibilidade da contratação de responsável técnico para o funcionamento do seu estabelecimento comercial, nos termos da fundamentação.

Condeno o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].
___________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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