Modelo de Ação de Reconhecimento Judicial de União Estável com Pedido de Tutela Provisória para Liberação Imediata de Benefícios Previdenciários do INSS em Favor da Autora
Publicado em: 01/06/2025 Processo Civil FamiliaPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara de Família da Comarca do Rio de Janeiro/RJ
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
M. F. de S. L., brasileira, viúva, doméstica, portadora do CPF nº 000.111.222-33, RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliada à Rua das Flores, nº 100, Bairro Jardim, Rio de Janeiro/RJ, CEP 20000-000,
por seu advogado que esta subscreve, L. de A., inscrito na OAB/RJ sob o nº 45.097, com escritório profissional à Av. Central, nº 500, sala 101, Centro, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico: [email protected],
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA
em face de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 29.979.036/0001-40, com agência na Av. República, nº 300, Centro, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico: [email protected], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
3. DOS FATOS
A autora e J. A. dos S. conviveram em união estável por mais de 30 (trinta) anos, desde 1993, mantendo uma relação pública, contínua, duradoura e com o objetivo de constituir família, conforme preceitua o CCB/2002, art. 1.723. Durante todo esse período, compartilharam o mesmo domicílio, construíram patrimônio comum e sempre foram reconhecidos socialmente como casal.
O companheiro da autora, J. A. dos S., encontra-se atualmente internado em estado grave, impossibilitado de praticar qualquer ato da vida civil, inclusive de assinar documentos, situação esta atestada por laudo médico (doc. anexo).
Em razão de sua condição de saúde, a autora necessita receber os valores depositados mensalmente pelo INSS em nome do companheiro, uma vez que depende economicamente destes recursos para sua subsistência, manutenção do lar e custeio das despesas médicas do convivente.
O INSS, contudo, exige a comprovação formal da união estável para autorizar o levantamento dos valores, o que motivou a propositura da presente ação, com pedido de tutela provisória para imediata percepção dos benefícios previdenciários.
Ressalta-se que, diante da impossibilidade de assinatura do companheiro, não foi possível formalizar escritura pública de união estável ou requerer administrativamente o benefício junto ao INSS.
Assim, busca-se o reconhecimento judicial da união estável e a concessão de tutela provisória para que a autora possa receber os valores devidos pelo INSS, evitando grave dano à sua dignidade e subsistência.
4. DO DIREITO
4.1. FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL E LEGAL
A Constituição Federal reconhece expressamente a união estável como entidade familiar, conferindo-lhe proteção jurídica (CF/88, art. 226, §3º). O Código Civil, por sua vez, estabelece os requisitos para sua configuração: convivência pública, contínua, duradoura e com objetivo de constituição de família (CCB/2002, art. 1.723).
O direito à percepção de benefícios previdenciários pelo companheiro está previsto na Lei 8.213/91, art. 16, que equipara o companheiro ao cônjuge para fins de dependência econômica presumida.
O CPC/2015, art. 319, disciplina os requisitos da petição inicial, todos observados nesta peça, e o CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela provisória de urgência quando presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
4.2. DA IMPOSSIBILIDADE DE ASSINATURA DO COMPANHEIRO
A situação de internação e incapacidade do companheiro, devidamente comprovada, justifica a via judicial para o reconhecimento da união estável e para a concessão da tutela provisória, uma vez que a formalização extrajudicial tornou-se inviável.
4.3. DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
A autora depende dos valores depositados pelo INSS para sua subsistência, sendo a negativa do benefício afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e ao direito fundamental à assistência social (CF/88, art. 6º).
4.4. DOS REQUISITOS DA UNIÃO ESTÁVEL
A relação mantida entre a autora e J. A. dos S. preenche todos os requisitos legais para o reconhecimento da união estável: convivência pública, contínua, duradoura e com objetivo de constituição de família, conforme documentos, testemunhos e demais provas a serem produzidas.
O reconhecimento judicial da união estável é medida que se impõe para garantir à autora o exercício de seus direitos previdenciários e patrimoniais, em consonância com a jurisprudência consolidada dos tribunais pátrios.
4.5. DA TUTELA PROVISÓRIA
O perigo de dano está evidenciado na impossibilidade de a autora prover sua subsistência e custear as despesas do lar e do companheiro internado, caso não receba imediatamente os valores do benefício previdenciário. A probabilidade do direito decorre da robusta prova documental e testemunhal da união estável, bem como da dependência econômica.
Assim, presentes os requisitos do CPC/2015, art. 300, é cabível a concessão da tutela provisória par"'>...
Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.