Modelo de Ação de Cobrança de Valores do PASEP contra o Banco do Brasil por Má Gestão de Conta Vinculada

Publicado em: 21/10/2024 AdministrativoCivelProcesso Civil
Petição inicial de ação de cobrança movida por servidor público aposentado contra o Banco do Brasil, visando à recomposição de valores referentes à má gestão de conta vinculada ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). Fundamenta-se na Lei Complementar 26/1975, Código Civil de 2002 (art. 205), Código de Processo Civil de 2015 (art. 319), e no entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça no Tema 1.150. Alega-se a não atualização dos valores devidos, conforme índices legais, e requer-se a condenação do Banco do Brasil ao pagamento das diferenças apuradas, com juros e correção monetária, além das custas processuais e honorários advocatícios.

PETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE COBRANÇA DE VALORES DO PASEP

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de __________

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, casado, servidor público aposentado, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA DE VALORES DO PASEP

com fulcro no CCB/2002, art. 205, Lei Complementar 26/1975, CPC/2015, art. 319, e demais dispositivos aplicáveis, em face de:

BANCO DO BRASIL S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-91, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor é servidor público aposentado e, como tal, teve conta vinculada ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, cuja gestão é atribuída ao Banco do Brasil S.A., conforme determina a Lei Complementar 26/1975.

Recentemente, ao consultar os extratos e realizar análise técnica de sua conta vinculada ao PASEP, o Autor constatou que os valores creditados não condizem com os montantes devidos, considerando os depósitos obrigatórios realizados ao longo de sua vida funcional e os índices legais de atualização monetária e juros.

O Autor somente teve ciência da existência de desfalques e da ausência de atualização correta dos valores em data recente, quando obteve acesso aos extratos e realizou os cálculos com base nos índices legais. Até então, confiava na boa-fé da instituição financeira gestora do fundo.

A partir dessa descoberta, percebeu que houve má gestão dos recursos por parte do Banco do Brasil, que não aplicou corretamente os índices de atualização, tampouco os juros legais previstos, o que gerou prejuízo financeiro ao Autor.

4. DO DIREITO

A presente ação visa à recomposição dos valores devidos ao Autor, em razão da má gestão da conta vinculada ao PASEP, cuja responsabilidade é do Banco do Brasil, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça no Tema 1.150.

De acordo com a Lei Complementar 26/1975, art. 3º, “b”, os saldos das contas vinculadas ao PASEP devem ser atualizados anualmente com juros de 3% ao ano, além da correção monetária. Ocorre que o Banco do Brasil, ao longo dos anos, deixou de aplicar corretamente tais índices, causando prejuízo direto ao Autor.

A responsabilidade do Banco do Brasil é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, uma vez que se trata de relação de consumo, sendo o Autor destinatário final dos serviços prestados pela instituição financeira.

Quanto ao prazo prescricional, aplica-se o prazo decenal previsto no CCB/2002, art. 205, com termo inicial a partir do momento em que o Autor teve ciência inequívoca do prejuízo, ou seja, da diferença nos valores creditados e da ausência de atualização correta, o que ocorreu somente na presente data.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação de Cobrança de Valores do PASEP ajuizada por A. J. dos S. em face do Banco do Brasil S.A., na qual o Autor, servidor público aposentado, alega que houve má gestão da conta vinculada ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, com ausência de atualização correta dos valores depositados ao longo de sua vida funcional.

1. Preliminar – Admissibilidade

Consoante os artigos 319 e 330 do Código de Processo Civil, verifica-se que a petição inicial preenche os requisitos legais, estando presentes os pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido do processo.

A parte autora é legitimada para propor a demanda, e o réu (Banco do Brasil S.A.) é parte legítima para figurar no polo passivo, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça no Tema 1.150, segundo o qual o Banco do Brasil é responsável pela gestão do PASEP.

2. Mérito

A controvérsia gira em torno da alegada inobservância, por parte do Banco do Brasil, dos critérios legais de atualização monetária e de aplicação de juros na conta vinculada ao PASEP do Autor.

A Lei Complementar nº 26/1975 dispõe em seu art. 3º, alínea "b", que os saldos das contas vinculadas ao PASEP devem ser atualizados anualmente com a aplicação de juros de 3% ao ano, além da correção monetária. A parte autora alega, com base em documentos e cálculos técnicos, que tais critérios não foram devidamente observados.

A responsabilidade do Banco do Brasil, por sua vez, é objetiva, nos moldes do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, sendo o Autor o destinatário final dos serviços prestados pela instituição financeira.

No tocante à prescrição, adoto o entendimento consolidado pelo STJ no Tema 1.150, segundo o qual o prazo prescricional aplicável é o decenal, previsto no art. 205 do Código Civil, com termo inicial a partir da data em que o titular da conta teve ciência inequívoca dos desfalques, o que, no caso concreto, ocorreu recentemente, conforme consta dos autos.

Portanto, não há que se falar em prescrição, estando o pedido dentro do prazo legal.

3. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência pátria, inclusive de tribunais estaduais, vem reconhecendo a legitimidade passiva do Banco do Brasil e a possibilidade de ressarcimento dos valores não devidamente atualizados:

“O Banco do Brasil possui legitimidade passiva nas demandas em que se discute saques indevidos e desfalques na conta vinculada ao Pasep; a pretensão de ressarcimento em razão dos desfalques se submete ao prazo prescricional decenal; o termo inicial para a contagem do prazo prescricional é o dia em que o titular toma ciência dos desfalques.” (TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ)

“Possui o Banco do Brasil legitimidade para figurar no polo passivo desta demanda, pois está em discussão suposta falha na prestação do serviço da instituição financeira, especificamente em relação à correta gestão dos fundos do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP.” (TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ)

4. Dispositivo

Diante do exposto, com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  • Reconhecer a responsabilidade do Banco do Brasil S.A. pela má gestão dos valores da conta vinculada ao PASEP;
  • Condenar o réu ao pagamento da diferença entre os valores efetivamente creditados e os valores devidos, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de 3% ao ano, conforme previsto na Lei Complementar nº 26/1975, a ser apurado em sede de liquidação de sentença;
  • Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC;
  • Defiro o pedido de gratuidade da justiça, considerando a condição de aposentado e a idade avançada do Autor, com base no art. 98 do CPC.

5. Considerações Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, proceda-se à liquidação da sentença nos termos legais.

Cidade/UF, ___ de __________ de 2024.

___________________________________________
Juiz Federal
Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de __________


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