Modelo de Recurso Especial e Extraordinário em Caso de Condenação por Estupro de Vulnerável com Base Exclusiva no Depoimento da Vítima
Publicado em: 10/03/2025 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO [INSERIR ESTADO]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
RECORRENTE: [NOME DO RECORRENTE]
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO
RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
O advogado que esta subscreve, devidamente qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal de 1988 e no art. 102, III, "a", da Constituição Federal de 1988, interpor o presente RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO contra o v. acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado [INSERIR ESTADO], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
PREÂMBULO
O presente recurso é tempestivo, tendo em vista que foi interposto dentro do prazo legal, e atende aos requisitos de admissibilidade previstos na legislação processual vigente.
1. DOS FATOS
O Recorrente foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no CP, art. 217-A, com base exclusivamente no depoimento da suposta vítima, sem que houvesse qualquer outro elemento probatório que corroborasse a acusação.
Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça manteve a condenação, fundamentando-se na relevância da palavra da vítima em crimes sexuais, mesmo diante da ausência de provas materiais ou testemunhais que confirmassem a prática do delito.
O Recorrente, inconformado com a decisão, interpõe o presente recurso, visando à reforma do julgado, por entender que a condenação baseada exclusivamente no depoimento da suposta vítima viola princípios constitucionais e processuais penais, como o da presunção de inocência e o in dubio pro reo.
2. DO DIREITO
A condenação do Recorrente viola o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988, que estabelece que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Além disso, o princípio do in dubio pro reo, corolário do estado de inocência, determina que, na ausência de provas suficientes para a condenação, deve-se optar pela absolvição do acusado. No caso em tela, a ausência de elementos probatórios além do depoimento da suposta vítima torna inviável a manutenção da condenação.
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