Modelo de Recurso de Apelação contra Sentença em Ação de Reintegração de Posse com Pedido de Justiça Gratuita e Anulação por Cerceamento de Defesa
Publicado em: 17/09/2024 CivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
Requerida: M. F. de S. L.
Requerente: A. J. dos S.
RECURSO DE APELAÇÃO
Por intermédio de sua advogada infra-assinada, com endereço profissional situado à Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor o presente
RECURSO DE APELAÇÃO
Em face da sentença proferida nos autos da Ação de Reintegração de Posse, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
PREÂMBULO
O presente recurso é tempestivo, uma vez que a sentença foi publicada em ___/___/____, e o prazo para interposição do recurso expira em ___/___/____. A Requerida é beneficiária da justiça gratuita, conforme pedido formulado nos autos, e requer a reforma da sentença que julgou procedente a ação de reintegração de posse, condenando-a ao pagamento de honorários sucumbenciais e negando a gratuidade da justiça.
DOS FATOS
A Requerida, M. F. de S. L., é pessoa idosa, que por longos 16 anos enfrentou uma partilha de bens extremamente demorada e prejudicial, decorrente de seu divórcio com o falecido C. E. da S.. O imóvel comercial em questão foi partilhado em favor da Requerida há mais de 6 anos antes do falecimento do ex-marido, sendo este o único meio de subsistência da Requerida.
O falecido, mesmo após o divórcio, manteve-se no imóvel, utilizando-o para guardar ferramentas e maquinários, e, meses antes de seu falecimento, comprometeu-se a retirar os bens e entregar as chaves à Requerida. Contudo, veio a falecer em más condições, sem cumprir tal compromisso.
Após o falecimento, as Autoras, filhas do falecido, ingressaram com ação de reintegração de posse, alegando que o imóvel lhes foi entregue pelo pai dois anos antes de sua morte. Tal alegação é inverídica, pois há provas de que o falecido estava escondido e sem contato com as filhas, conforme relatado pela assistente social que o acompanhou em seus últimos dias.
A sentença proferida julgou procedente a ação, desconsiderando as provas apresentadas pela Requerida, como testemunhas que confirmam que as Autoras nunca tiveram posse do imóvel, e negando o pedido de gratuidade da justiça, o que gerou grave prejuízo à Requerida.
DO DIREITO
A sentença recorrida merece reforma pelos seguintes fundamentos:
1. DA INEXISTÊNCIA DE POSSE DAS AUTORAS
Conforme dispõe o CCB/2002, art. 1.196, "considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade". No caso em tela, as Autoras nunca exerceram qualquer ato de posse sobre o imóvel, sendo incontroverso que o falecido pai era o ún"'>...