Modelo de Petição Inicial - Ação de Indenização por Danos Materiais em Decorrência de Descumprimento de Acordo sobre Poço Artesiano
Publicado em: 22/10/2024 CivelPETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE] – ESTADO DE [ESTADO]
1. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
A. J. dos S., brasileiro, casado, agricultor, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e do RG nº X.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Nome da Rua], nº [número], Bairro [nome], CEP XXXXX-XXX, Município de [cidade], Estado de [estado], endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua [endereço do advogado], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS
em face de J. M. da S., brasileiro, casado, agricultor, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Estrada [nome], Sítio [nome], Zona Rural, Município de [cidade], Estado de [estado], endereço eletrônico: [email protected], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
2. DOS FATOS
O Autor e o Réu são vizinhos e produtores rurais em propriedades contíguas localizadas na zona rural do Município de [cidade]. Em meados do ano de 2022, diante da escassez de água na região, ambas as partes decidiram, em comum acordo, realizar a perfuração de um poço artesiano para atender às necessidades hídricas de suas propriedades.
Para viabilizar a obra, o Autor contribuiu financeiramente com a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais), valor este entregue diretamente ao Réu, que ficou responsável pela contratação da empresa perfuradora e pela administração da obra. O poço foi efetivamente perfurado e passou a fornecer água para ambas as propriedades.
Contudo, após alguns meses de funcionamento, o Réu, de forma unilateral e injustificada, interrompeu o fornecimento de água ao Autor, impedindo-o de utilizar o recurso hídrico proveniente do poço que ajudou a custear. Além disso, o Réu se recusou a restituir a quantia paga pelo Autor, mesmo após diversas tentativas de solução amigável.
Em razão da conduta do Réu, o Autor passou a ter que contratar serviço particular de fornecimento de água, arcando com despesas mensais superiores a R$ 500,00 (quinhentos reais), o que tem onerado significativamente seu orçamento familiar e prejudicado suas atividades agrícolas.
3. DO DIREITO
A conduta do Réu configura clara violação aos princípios da boa-fé objetiva e da função social dos contratos, previstos no CCB/2002, art. 421 e art. 422, uma vez que, após receber contribuição financeira do Autor para a construção do poço, passou a se beneficiar exclusivamente da estrutura, excluindo injustamente o Autor de seu uso.
O enriquecimento sem causa, vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro, está configurado no presente caso, conforme dispõe o CCB/2002, art. 884: “Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores mone"'>...