Modelo de Pedido de Retirada de Tornozeleira Eletrônica com Base no CPP, Art. 319, IX, e Princípios da Proporcionalidade e Dignidade Humana

Publicado em: 01/02/2025 Direito Penal Processo Penal
Petição inicial apresentada por A. J. dos S., requerendo a retirada de tornozeleira eletrônica devido ao cumprimento integral das condições impostas no regime semiaberto domiciliar. O pedido fundamenta-se no Código de Processo Penal (art. 319, IX), destacando o princípio da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana, e aponta a proximidade do regime aberto e o bom comportamento do requerente. A peça jurídica também cita precedentes jurisprudenciais e solicita a substituição do monitoramento eletrônico por medidas menos gravosas, caso necessário.
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE __________

Processo nº 80000213620228240061

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº __________ e CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 319, IX, requerer a:

RETIRADA DA TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

nos termos dos fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor.

DOS FATOS

O Requerente encontra-se atualmente cumprindo pena em regime semiaberto domiciliar com monitoramento eletrônico, mediante o uso de tornozeleira eletrônica, conforme decisão judicial proferida nos autos do processo nº 80000213620228240061.

O alcance ao regime aberto está previsto para o dia 24 de fevereiro de 2025, enquanto o livramento condicional poderá ser alcançado em 13 de maio de 2025, conforme atestado de pena juntado aos autos.

Ressalta-se que o Requerente é réu primário e cumpriu corretamente todas as condições impostas durante o cumprimento da pena, sem qualquer registro de descumprimento ou má conduta.

DO DIREITO

A monitoração eletrônica, prevista no CPP, art. 319, IX, é uma medida cautelar alternativa à prisão, que visa garantir o cumprimento das condições impostas ao apenado. Contudo, a manutenção dessa medida deve ser analisada à luz do princípio da proporcionalidade e da razoabilidade, especialmente quando o apenado demonstra bom comportamento e cumprimento integral das condições estabelecidas.

O Requerente já cumpriu parte significativa de sua pena no regime semiaberto domiciliar, sem qualquer registro de descumprimento. Assim, a manutenção do monitoramento eletrônico, neste momento, revela-se desnecessária e excessiva, considerando que o regime aberto está próximo de ser alcançado e que o Requerente apresenta condições favoráveis para a retirada da tornozeleira eletrônica.

Além disso, o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado na CF/88, art. 1º, III, deve ser observado, garantindo ao apenado o cumprim"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de pedido formulado por A. J. dos S., brasileiro, atualmente cumprindo pena em regime semiaberto domiciliar com monitoramento eletrônico, mediante o uso de tornozeleira eletrônica, nos termos da decisão judicial proferida nos autos do processo nº 80000213620228240061. O requerente pleiteia a retirada da tornozeleira eletrônica, argumentando que cumpriu as condições impostas, sem qualquer registro de descumprimento, e que o regime aberto está próximo de ser alcançado.

Relatório

O requerente sustenta que a manutenção do monitoramento eletrônico é desnecessária e desproporcional no presente momento, considerando o cumprimento integral das condições impostas e a proximidade da progressão ao regime aberto. Fundamenta seu pedido com base nos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e dignidade da pessoa humana, consagrados na Constituição Federal de 1988, art. 1º, inc. III.

Voto

Conforme dispõe o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial há de ser fundamentada, sob pena de nulidade. Assim sendo, passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso concreto.

Dos Fatos

O requerente, cumprindo pena em regime semiaberto domiciliar com monitoramento eletrônico, não apresentou qualquer registro de descumprimento ou má conduta durante o período de monitoração. Ressalte-se que o regime aberto está previsto para o dia 24 de fevereiro de 2025, e o livramento condicional poderá ser alcançado em 13 de maio de 2025.

Do Direito

O Código de Processo Penal, em seu artigo 319, inciso IX, prevê a monitoração eletrônica como medida cautelar alternativa à prisão, devendo ser aplicada com observância aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. No caso em análise, a manutenção do monitoramento eletrônico da tornozeleira, frente ao comportamento exemplar do requerente e à proximidade da progressão, configura-se medida desnecessária e excessiva.

Ademais, o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal, preconiza que o cumprimento de pena deve ser realizado de forma menos gravosa, desde que respeitados os critérios legais e as condições estabelecidas.

Da Jurisprudência

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) corrobora o entendimento de que a monitoração eletrônica deve ser mantida apenas quando indispensável para a garantia do cumprimento da pena. Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ (6ª T.) - AgRg no HABEAS CORPUS Acórdão/STJ: "É necessário o monitoramento eletrônico quando a prisão domiciliar para o resgate de pena é concedida, de forma excepcional, nos casos de ausência de vaga em estabelecimento prisional compatível com o regime para o qual houve a progressão."
  • STJ (5ª T.) - AgRg no HABEAS CORPUS Acórdão/STJ: "A prisão domiciliar monitorada não se afigura mais penosa do que aquela que o paciente vivenciaria no cumprimento da pena em regime aberto."
  • STJ (5ª T.) - AgRg no HABEAS CORPUS Acórdão/STJ: "Não se constata prejuízo ao apenado no regular exercício de sua atividade laboral, haja vista o cumprimento da pena em modo mais brando, com prisão domiciliar noturna e monitoramento eletrônico."

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento nos princípios constitucionais e legais aplicáveis, e considerando os fatos dos autos, voto pela procedência do pedido formulado por A. J. dos S., determinando a retirada da tornozeleira eletrônica, com a expedição de ordem judicial para tanto.

Determino, ainda, a intimação do Ministério Público para ciência desta decisão e, caso entenda necessário, para manifestação em relação a eventuais medidas de fiscalização menos gravosas.

Local e data.

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz(a) de Direito

Este HTML apresenta uma estrutura organizada com títulos, parágrafos e listas para facilitar a leitura e compreensão do conteúdo. O voto está fundamentado nos fatos, no direito aplicável e na jurisprudência, culminando em uma decisão fundamentada conforme os princípios constitucionais e legais.

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