Modelo de Manifestação à Impugnação à Execução - Análise de Excesso de Execução e Defesa de Penhora de Valores

Publicado em: 21/10/2024 Processo CivilConsumidor
Petição apresentada pelo exequente em resposta à impugnação do executado no âmbito de uma ação de execução, abordando a alegação de excesso de execução sem comprovação documental, a tentativa de afastar a penhora de valores e o pedido de remessa ao contador judicial. Fundamentada no CPC/2015, a manifestação solicita a rejeição da impugnação, o prosseguimento da execução e a condenação em honorários advocatícios.

MANIFESTAÇÃO À IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE] – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO


[NOME DO EXEQUENTE], já qualificado nos autos da ação de execução que move em face de BANCO BMG S.A., também devidamente qualificado, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 525, §5º, apresentar sua:

MANIFESTAÇÃO À IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO

em face da impugnação apresentada pelo executado, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.


Processo nº: [número do processo]


SÍNTESE DA IMPUGNAÇÃO APRESENTADA

O executado, BANCO BMG S.A., apresentou impugnação à execução alegando, de forma genérica, suposto excesso de execução, sem, contudo, apresentar planilha de cálculo atualizada, demonstrativo discriminado ou qualquer elemento técnico que comprove o alegado. Requereu, ainda, a remessa dos autos ao contador judicial e a substituição da penhora de valores por outro meio menos gravoso, invocando o princípio da execução menos onerosa.


DOS FATOS

A presente execução foi proposta com base em título executivo judicial, regularmente constituído, líquido, certo e exigível, conforme determina o CPC/2015, art. 783. O exequente apresentou planilha de cálculo detalhada, atualizada até a data da propositura da execução, observando os critérios fixados na sentença exequenda.

O executado, por sua vez, limitou-se a alegar genericamente excesso de execução, sem indicar o valor que entende correto, tampouco apresentar qualquer cálculo ou documento que sustente sua alegação, em afronta direta ao disposto no CPC/2015, art. 525, §§ 4º e 5º.

Ademais, a pretensão de afastar a penhora de dinheiro sob o argumento de execução menos gravosa carece de fundamento, pois não foi indicado meio alternativo eficaz de satisfação do crédito, conforme exige o CPC/2015, art. 805, parágrafo único.


DO DIREITO

Nos termos do CPC/2015, art. 525, §4º, quando o executado alegar excesso de execução, deve declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. O §5º do mesmo artigo dispõe que, não sendo apresentado tal demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada quanto a esse fundamento.

No presente caso, o executado não apresentou qualquer planilha ou cálculo atualizado, tampouco indicou o valor que entende devido, o que inviabiliza a análise do alegado excesso de execução, devendo tal argumento ser desconsiderado.

Quanto à alegação de necessidade de remessa dos autos ao contador judicial, o CPC/2015, art. 524, §2º estabelece que tal medida é facultativa, sendo desnecessária quando os cálculos apresentados forem simples e compatíveis com os parâmetros fixados no título executivo, como ocorre no caso em apreço.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de impugnação à execução proposta por BANCO BMG S.A., nos autos da execução promovida por [NOME DO EXEQUENTE], em que se alega, de maneira genérica, excesso de execução, sem apresentação de demonstrativo de cálculo atualizado ou valor que se entende devido, em afronta ao disposto no artigo 525, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil.

1. Do Conhecimento da Impugnação

Inicialmente, cumpre analisar a admissibilidade da impugnação. Nos termos do art. 525, §4º, do CPC/2015, o executado que alegar excesso de execução deve apresentar os valores que entende corretos, bem como planilha discriminada e atualizada de seu cálculo. O §5º do mesmo dispositivo é claro ao dispor que, não sendo apresentado tal demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada quanto a esse fundamento.

No caso em tela, verifica-se que o executado não apresentou qualquer elemento técnico ou planilha que sustente sua alegação de excesso de execução, tampouco indicou o valor que entende correto. Assim, não conheço da impugnação quanto ao fundamento de excesso de execução, ante a inobservância dos requisitos legais.

2. Da Remessa ao Contador Judicial

O pedido de remessa dos autos ao contador judicial também não merece prosperar. Conforme dispõe o art. 524, §2º, do CPC/2015, a remessa ao contador é medida facultativa e prescinde de complexidade nos cálculos. No caso concreto, a memória de cálculo apresentada pelo exequente é clara, objetiva e amparada nos parâmetros estabelecidos no título executivo judicial, inexistindo necessidade de perícia contábil.

3. Da Substituição da Penhora

Quanto à alegação de que a penhora em dinheiro deve ser substituída por outro meio menos gravoso ao devedor, também não há como acolher tal pretensão. O art. 835, I, do CPC/2015, estabelece a ordem legal de preferência da penhora, sendo o dinheiro o primeiro bem a ser constrito. Ademais, o art. 805 exige que o devedor indique expressamente o meio menos oneroso e igualmente eficaz para satisfação do crédito, o que não ocorreu nos autos.

Assim, a manutenção da penhora em dinheiro mostra-se legal, razoável e adequada à garantia do crédito exequendo.

4. Dos Honorários Advocatícios

Diante da rejeição da impugnação, impõe-se a condenação do executado ao pagamento de honorários advocatícios, conforme dispõe o art. 85, §1º, do CPC/2015, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da execução, observando-se os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

5. Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, REJEITO A IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO apresentada por BANCO BMG S.A., nos termos do art. 525, §§ 4º e 5º, do CPC/2015.

Determino o prosseguimento da execução, com a manutenção da penhora em dinheiro já realizada, nos termos do art. 835, I, do CPC/2015.

Condeno o executado ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da execução, conforme art. 85, §1º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [data atual].

_____________________________________
Juiz de Direito


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