Modelo de Alegações Finais por Memoriais da Defesa em Caso de Violência Doméstica com Pedido de Absolvição por Insuficiência de Provas e Nulidade da Instrução Processual
Publicado em: 14/04/2025 Direito Penal Processo PenalALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS – DEFESA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de [COMARCA] – Tribunal de Justiça do Estado
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Processo nº: [número do processo]
Acusado: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, pedreiro, portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado na Rua [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
Defensor: Dr. [nome do advogado], inscrito na OAB/[UF] sob o nº [número], com escritório profissional situado na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
3. SÍNTESE FÁTICA
O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado A. J. dos S., imputando-lhe a prática dos crimes previstos nos arts. 129, §13, 147, 150 e 330, todos do Código Penal, combinados com a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), por supostamente ter invadido o domicílio de sua ex-companheira, M. F. de S. L., ameaçado-a de morte, agredido-a fisicamente e descumprido medida protetiva de urgência anteriormente deferida.
Durante a instrução processual, foram ouvidas as partes e testemunhas, tendo o acusado exercido seu direito constitucional ao silêncio. A vítima prestou depoimento apenas na fase inquisitorial, não tendo comparecido à audiência de instrução e julgamento para ratificar suas declarações.
4. PRELIMINARES (SE HOUVER)
Preliminarmente, requer-se o reconhecimento da nulidade da instrução processual, diante da ausência de oitiva da vítima em juízo, o que compromete a validade da prova acusatória, nos termos do CPP, art. 155, que exige que a sentença penal condenatória se fundamente em provas produzidas sob o crivo do contraditório.
5. DO MÉRITO
No mérito, a defesa sustenta a ausência de provas suficientes para a condenação do acusado. A denúncia baseia-se exclusivamente nas declarações da vítima colhidas na fase inquisitorial, sem confirmação em juízo. Não há testemunhas presenciais dos fatos narrados, tampouco laudo pericial que comprove a alegada lesão corporal.
O acusado, por sua vez, negou os fatos em sede policial e, em juízo, optou por exercer seu direito ao silêncio, o que não pode ser interpretado em seu desfavor, conforme CF/88, art. 5º, LXIII.
Assim, diante da fragilidade do conjunto probatório e da ausência de elementos mínimos que corroborem a versão da vítima, impõe-se a absolvição do acusado, com fundamento no CPP, art. 386, VII.
6. DO DIREITO
Nos termos do CPP, art. 155, o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos colhidos na investigação.
O princípio do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV) exige que a acusação seja compr"'>...