Modelo de Ação de Usucapião Extraordinário de Imóvel Rural com Pedido de Citação dos Confrontantes e da Fazenda Pública
Publicado em: 24/10/2024 Civel1. PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de [INSERIR COMARCA] – Estado de [INSERIR ESTADO]
A. J. dos S., brasileiro, casado, agricultor, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-XX, endereço eletrônico: [email protected], residente e domiciliado no imóvel objeto da presente ação, localizado na zona rural do Município de [INSERIR MUNICÍPIO], Estado de [INSERIR ESTADO], e M. F. de S. L., brasileira, casada, agricultora, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº X.XXX.XXX-XX, endereço eletrônico: [email protected], também residente e domiciliada no mesmo endereço, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na [endereço completo], endereço eletrônico: [email protected], vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CCB/2002, art. 1.238 e CPC/2015, art. 319, propor a presente
AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO DE IMÓVEL RURAL
com pedido de citação dos confrontantes e da Fazenda Pública, pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor:2. DOS FATOS
Os autores exercem a posse mansa, pacífica, ininterrupta e com animus domini sobre o imóvel rural situado na zona rural do Município de [INSERIR MUNICÍPIO], Estado de [INSERIR ESTADO], com área aproximada de [INSERIR ÁREA], desde o ano de 2004, quando receberam a posse do bem de seus antecessores, os quais já o ocupavam desde o ano de 1994.
O imóvel em questão pertenceu originalmente a [NOME DO FALECIDO], já falecido, e não foi objeto de inventário ou partilha. Em 1994, o irmão do falecido, [NOME DO IRMÃO], também já falecido, firmou com os antecessores dos autores um contrato particular de compra e venda, por meio do qual transferiu a posse do imóvel. Desde então, a posse foi exercida de forma contínua e ininterrupta, com a realização de benfeitorias, cultivo da terra e utilização do imóvel como moradia rural.
Em 2004, os autores passaram a exercer diretamente a posse do imóvel, mantendo a exploração agrícola e a moradia, sem qualquer oposição de terceiros, inclusive dos confrontantes, que reconhecem a posse dos autores.
O imóvel é confrontado pelos seguintes proprietários: 1) C. E. da S., 2) J. M. dos S. e 3) L. A. de O., todos residentes na mesma localidade, conforme documentos anexos.
3. DO DIREITO
A presente ação encontra amparo no CCB/2002, art. 1.238, que dispõe:
“Aquele que, por 15 (quinze) anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.”
Os autores exercem a posse do imóvel há mais de 20 (vinte) anos, somando-se o período de seus antecessores (1994 a 2004) ao período atual (2004 até o presente momento), de forma contínua, pacífica, sem oposição e com intenção de domínio (animus domini), preenchendo todos os requisitos legais para a aquisição da propriedade por usucapião extraordinário.
A ausência de título de propriedade não impede o reconhecimento da usucapião, conforme já pacificado pela jurisprudência. A posse exercida pelos autores é pública, notória, com cultivo da terra, construção de benfeitorias e residência habitual no imóvel, o que demonstra a utilização econômica e social da terra, em consonância com a função social da propriedade, prevista no CF/88, art. 5º, XXIII e art. 1"'>...