Modelo de Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem com Pedido de Tutela de Urgência em Face de Omissão de Bens e Direitos por Herdeiros

Publicado em: 15/07/2024 Familia Direito Previdenciário
Petição inicial proposta por companheira sobrevivente requerendo o reconhecimento judicial de união estável post mortem, com base no art. 226, § 3º, da Constituição Federal e art. 1.723 do Código Civil. A ação busca garantir direitos sucessórios e previdenciários, em razão da omissão dos réus (filhos do falecido) quanto à convivência pública, contínua e duradoura do casal, e a consequente exclusão da autora na partilha de bens. Inclui pedido de tutela de urgência para reconhecimento provisório da união estável, retificação da Certidão de Óbito, e quitação de financiamento habitacional em imóvel do programa "Minha Casa Minha Vida".

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE MONTES CLAROS/MG

Distribuição com pedido de tutela de urgência

Autora: [Nome da Autora], brasileira, solteira, dona de casa, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada na Rua [endereço completo], Montes Claros/MG, CEP [CEP], e-mail [e-mail].

Réus: [Nome do Filho 1], brasileiro, maior, profissão desconhecida, portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado na Rua [endereço completo], Montes Claros/MG, CEP [CEP], e-mail [e-mail]; e [Nome da Filha 2], brasileira, maior, profissão desconhecida, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada na Rua [endereço completo], Montes Claros/MG, CEP [CEP], e-mail [e-mail].

PREÂMBULO

A autora, por intermédio de seu advogado, com fundamento no art. 226, § 3º, da CF/88, no CCB/2002, art. 1.723 e seguintes, e no CPC/2015, art. 300, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

em face dos réus acima qualificados, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora conviveu em união estável com o falecido J. M. S. da S. desde meados de 2020 até o seu falecimento, ocorrido em 12 de junho de 2024, conforme Certidão de Óbito anexa. Durante esse período, o casal viveu em regime de convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família, residindo na casa financiada pelo programa "Minha Casa Minha Vida".

O falecido era divorciado e pai de dois filhos maiores, os réus desta ação. Estes, no entanto, não reconhecem a união estável havida entre a autora e o falecido, tendo inclusive omitido tal fato na Certidão de Óbito, onde consta apenas o estado civil de divorciado.

O falecido era mecânico, com vínculo empregatício registrado, e a autora era dependente econômica dele, dedicando-se exclusivamente ao lar. Após o falecimento, os réus passaram a reivindicar os bens deixados pelo falecido, incluindo a casa financiada, os bens móveis que guarnecem a residência, uma motocicleta e um carro, em prejuízo da autora.

DO DIREITO

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 3º, reconhece a união estável como entidade familiar, conferindo-lhe proteção jurídica. O CCB/2002, art. 1.723, dispõe que a união estável é configurada pela convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família.

No caso em tela, a união estável entre a autora e o falecido é evidente, conforme será demonstrado por meio de provas docume"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de reconhecimento de união estável post mortem c/c pedido de tutela de urgência, proposta por [Nome da Autora], em face de [Nome do Filho 1] e [Nome da Filha 2], conforme narrado na inicial. A autora afirma que conviveu em união estável com o falecido J. M. S. da S., desde meados de 2020 até o seu falecimento, ocorrido em 12 de junho de 2024, período em que mantiveram convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família.

A autora, que era dependente econômica do falecido, pleiteia o reconhecimento judicial da união estável, bem como a retificação da certidão de óbito, a declaração de meação dos bens adquiridos na constância da união, a quitação do financiamento habitacional e demais pedidos formulados na inicial.

Os réus contestam a existência da união estável e reivindicam os bens deixados pelo falecido, em prejuízo da autora.

II. Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade.

A Constituição Federal, em seu art. 226, § 3º, reconhece a união estável como entidade familiar, conferindo-lhe proteção jurídica. O Código Civil Brasileiro, art. 1.723, define a união estável como a convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família. No caso em tela, a autora alega preencher todos os requisitos legais para o reconhecimento da união estável.

Os elementos constantes nos autos, incluindo as provas documentais e testemunhais, corroboram a existência de convivência pública, contínua e duradoura entre a autora e o falecido, com objetivo de constituição de família. Documentos como contas conjuntas, fotografias, depoimentos de vizinhos e familiares confirmam que o casal residia sob o mesmo teto e mantinha um relacionamento estável.

Além disso, a autora, como companheira sobrevivente, faz jus aos direitos decorrentes da união estável, incluindo o reconhecimento de sua condição de meeira, a quitação do financiamento habitacional, nos termos do contrato do programa "Minha Casa Minha Vida", e o direito à pensão por morte.

Por fim, a omissão do estado civil do falecido na certidão de óbito configura uma irregularidade que deve ser sanada, com a retificação do documento, para constar a existência da união estável.

III. Decisão

Diante do exposto, com fundamento no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, no art. 1.723 do Código Civil e no art. 300 do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  1. Reconhecer a união estável post mortem entre a autora [Nome da Autora] e o falecido J. M. S. da S.;
  2. Determinar a retificação da certidão de óbito para constar a união estável entre o falecido e a autora;
  3. Declarar a autora como meeira dos bens adquiridos na constância da união estável;
  4. Determinar à Caixa Econômica Federal a quitação do financiamento habitacional, nos termos do contrato do programa "Minha Casa Minha Vida";
  5. Condenar os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa.

Determino, ainda, a expedição de ofício ao cartório de registro civil para a retificação da certidão de óbito do falecido, conforme fundamentação.

Por fim, concedo à autora os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

IV. Dispositivo

Ante o exposto, julgo o mérito da presente ação com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC/2015. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Montes Claros/MG, [data].

Juiz(a) de Direito: [Nome do(a) Magistrado(a)]


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