Precedentes Abrir aqui1

Doc. LEGJUR 756.3376.4174.8755

1 - TJRJ HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. CP, art. 140. INSURGÊNCIA CONTRA O DECISO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL DECORRENTE DE: 1) DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA DE OFÍCIO PELO MAGISTRADO; 2) AUSÊNCIA DOS REQUISITOS IMPOSTOS NO CPP, art. 312. DE FORMA SUBSIDIÁRIA, REQUER A APLICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS DO CPP, art. 319.

Os autos revelam que foram deferidas medidas protetivas de proibição de aproximação e contato com a vítima em face do paciente em 27/03/2023, das quais foi ele intimado em 28/03/2023. Segundo consta da decisão atacada, «o autor do fato descumpriu pela TERCEIRA VEZ medida protetiva de proibição de contato ao enviar à ofendida mensagens de texto por meio do aplicativo Whatsapp», razão pela qual foi decretada sua prisão preventiva pelo julgador de 1º grau de ofício. Verifica-se, nesta limitada ótica de cognição sumária, que a decisão que decretou a prisão preventiva foi escorreitamente motivada, com o devido aponte aos elementos concretos, nos termos da CF/88, art. 93, IX, e CPP, art. 315, deixando evidenciada a necessidade da segregação cautelar, para garantia da ordem pública, assegurar a instrução criminal e a aplicação da lei penal, devendo-se destacar que, até o momento, não se tem notícias do cumprimento do mandado de prisão. O CPP, art. 313, III, por sua vez, admite a decretação de prisão preventiva «se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência". In casu, há indícios de que o paciente vinha reiteradamente descumprindo as medidas protetivas impostas, o que justifica a medida excepcional aplicada. Por outro lado, a alegação defensiva de que o paciente não descumpriu as medidas protetivas confunde-se com o mérito da causa e deve ser esclarecida durante a instrução criminal e não por meio desta via estreita, bastando, neste momento processual, tão somente os indícios. Além disso, o art. 20 da chamada Lei Maria da Penha, em cumprimento ao seu desiderato protetivo, assevera cabível a prisão preventiva decretada de ofício, em qualquer fase do processo. O mesmo entendimento foi ratificado no Enunciado 51, aprovado no XI FONAVID - São Paulo (SP), que prevê que «O art. 20 da LMP não foi revogado tacitamente pelas modificações do CPP, ante o princípio da especialidade". O dispositivo em referência (art. 20 da LMP) deve ser lido em consonância com o disposto na Lei, art. 12-C, § 2º 11.340/2006, acrescido pela Lei 13.827/2019: - «Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso», o que se aplica ao caso vertente, não havendo invocar-se, por isso, o princípio da homogeneidade das decisões. Nesse contexto, não se vislumbra constrangimento ilegal, sendo certo que as medidas cautelares diversas da prisão não se mostram suficientes, mormente quando em vigor a mais extrema, justificadamente. IMPETRAÇÃO CONHECIDA. ORDEM DENEGADA.... ()

(Íntegra e dados do acórdão disponível para assinantes LEGJUR)
Cadastre-se e adquira seu pacote

ÍNTEGRA PDF

Doc. LEGJUR 318.1872.9917.4319

2 - TJRJ AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM ANULATÓRIA DE ATOS ADMINISTRATIVOS. INSURGÊNCIA CONTRA PORTARIAS QUE CONCEDERAM PERMISSÃO PARA A EXPLORAÇÃO DE «TRENZINHO TURÍSTICO» NO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO ITABAPOANA, COM BASE NA LEI MUNICIPAL 633/18 E NO DECRETO MUNICIPAL 85/18. ALEGAÇÃO DE QUE OS ATOS FORAM PRATICADOS PARA BENEFICIAR TERCEIROS E PREJUDICAR A AUTORA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS NÃO AFASTADA PELA PARTE AUTORA, A QUEM INCUMBIA O ÔNUS DA PROVA. ILEGITIMIDADE ATIVA PARA DISCUTIR O INTERESSE PÚBLICO A SER AMPARADO PELA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO. TEMPO ANTERIORMENTE DEDICADO AO MESMO SERVIÇO, EM CARÁTER PRECÁRIO, QUE NÃO ASSEGURA À AUTORA QUALQUER DIREITO SUBJETIVO DE MANUTENÇÃO NA QUALIDADE DE PRESTADORA OU À PRESERVAÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO DO CONTRATO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE CAPAZ DE JUSTIFICAR A INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL. CONFIRMAÇÃO QUE SE IMPÕE. DESPROVIMENTO DO APELO.

(Íntegra e dados do acórdão disponível para assinantes LEGJUR)
Cadastre-se e adquira seu pacote

ÍNTEGRA PDF

Doc. LEGJUR 561.2128.5894.0428

3 - TJRJ DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. COMPRA DE REFRIGERADOR. PRODUTO QUE, APÓS 01 ANO DE USO, COMEÇOU A APRESENTAR DEFEITOS. INÚMEROS REPAROS NO APARELHO SEM SUCESSO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO NO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS, SOB PENA DE MULTA DE R$100,00 (CEM REAIS) AO DIA, ATÉ O LIMITE DE R$3.000,00 (TRÊS MIL REAIS). DANO MORAL RECONHECIDO. VALOR COMPENSATÓRIO DE R$1.500,00 (UM MIL E QUINHENTOS REAIS). INCONFORMISMO DA AUTORA. DECISUM QUE SE REFORMA, EM PARTE, PARA MAJORAR O VALOR COMPENSATÓRIO DO DANO MORAL E GARANTIR QUE A RESTITUIÇÃO DEVE SE DAR NO MONTANTE PAGO PELO PRODUTO E PELA CONTRATAÇÃO DA GARANTIA ESTENDIDA. VALOR DA MULTA COMINATÓRIA QUE DEVE SER MANTIDO, UMA VEZ QUE NÃO VISA AO ENRIQUECIMENTO DA PARTE, APENAS SERVINDO. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.

(Íntegra e dados do acórdão disponível para assinantes LEGJUR)
Cadastre-se e adquira seu pacote

ÍNTEGRA PDF

Doc. LEGJUR 280.8001.6025.8763

4 - TJRJ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PARTICULAR. PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES). COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA. RECUSA POR PENDÊNCIA DE DÉBITOS ANTERIORES. IMPOSSIBILIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL À EDUCAÇÃO. DECISÃO REFORMADA. O

objeto da ação não possui relação ao contrato de financiamento educacional (FIES) em si, o que firma a competência da justiça comum para o julgamento do feito. Não pode a instituição superior de ensino impedir a matrícula de aluno inadimplente e privá-lo de seu direito constitucionalmente garantido à educação, como meio coercitivo para reaver seu crédito, devendo se valer das vias apropriadas para a sua satisfação, por meio de ação adequada. Presença dos requisitos do art. 300 CPC. Decisão agravada que deve ser reformada para determinar a renovação da matrícula da autora, ora agravante, no 8º período do curso de medicina no semestre 2025.1. Recurso conhecido e provido.... ()

(Íntegra e dados do acórdão disponível para assinantes LEGJUR)
Cadastre-se e adquira seu pacote

ÍNTEGRA PDF