O Ministério Público pode requisitar diretamente ao oficial de registro competente a averbação de informações relacionadas às suas funções institucionais (inclusive as de tutela ambiental).
A tese prestigia a legitimidade ativa do MP para promover a publicidade registral ambiental, sem necessidade de ordem judicial, quando amparado por previsão legal e vinculação às suas atribuições. Trata-se de mecanismo de efetivação célere da transparência e de prevenção de danos, consonante com a natureza paraprocessual de várias iniciativas do parquet na tutela coletiva.
Não identificadas súmulas específicas quanto à requisição direta do MP para averbação ambiental. A orientação é extraída da legislação orgânica do MP e da LRP.
A legitimação direta do MP racionaliza o fluxo de informações ambientais às matrículas, amplia a eficácia preventiva e reforça a transparência. Em perspectiva, demanda protocolos interinstitucionais e boas práticas com os registros de imóveis para garantir padronização e segurança.
O desenho prestigia a capacidade resolutiva do MP fora do processo, compatível com a tutela estrutural ambiental, e evita a judicialização desnecessária de atos meramente informativos. Exige, entretanto, critérios claros de lastro documental, controle pelo juízo corregedor e transparência dos requerimentos, preservando o equilíbrio entre publicidade registral e direitos dos titulares. Os efeitos são positivos sobre a governança ambiental e a segurança jurídica no mercado imobiliário rural.