Modelo de Petição inicial de ação de ressarcimento de capital social com pedido de tutela de urgência para restituição imediata de R$ 7.000,00 a servidor aposentado em grave estado de saúde contra Associação CREDIJUSTRA/...
Publicado em: 16/07/2025 CivelProcesso CivilPETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE CAPITAL SOCIAL COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
1. ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]
2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
Requerente: A. J. dos S., brasileiro, aposentado, estado civil [informar], portador do CPF nº [informar], RG nº [informar], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
Requerida: Associação CREDIJUSTRA/SICOOB, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [informar], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail].
3. DOS FATOS
O Requerente, servidor público aposentado, realizou, ao longo de sua vida funcional, depósitos de capital social junto à Associação CREDIJUSTRA/SICOOB, totalizando o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).
Atualmente, o Requerente encontra-se em delicado estado de saúde, acometido por problemas cardíacos e câncer de bexiga, necessitando de recursos financeiros urgentes para custear tratamentos médicos indispensáveis à sua sobrevivência e dignidade.
Apesar de reiteradas tentativas administrativas, a Requerida não restituiu ao Requerente o valor integral do capital social depositado, mesmo diante da situação de urgência e da natureza alimentar do pedido.
Ressalta-se que, em audiência de conciliação, não houve êxito na composição amigável, restando ao Requerente apenas o caminho judicial para obter a tutela de seu direito.
4. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O presente pedido encontra respaldo nos princípios e normas do ordenamento jurídico brasileiro, notadamente:
a) Direito à restituição do capital social: O Código Civil Brasileiro prevê, em seu CCB/2002, art. 1.004, que o sócio tem direito à restituição do capital social, observadas as condições estatutárias e legais. No caso, não há impedimento legal para a devolução do valor depositado, especialmente diante da necessidade comprovada do Requerente.
b) Dignidade da pessoa humana e direito à saúde: A Constituição Federal, em seu CF/88, art. 1º, III, consagra a dignidade da pessoa humana como fundamento da República, e, em seu CF/88, art. 6º, assegura o direito à saúde como direito social fundamental. O direito à vida e à saúde deve prevalecer sobre interesses meramente patrimoniais da associação.
c) Boa-fé objetiva e função social do contrato: A relação entre as partes é regida pela boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), impondo à Requerida o dever de agir de modo leal e cooperativo, especialmente diante da situação de vulnerabilidade do Requerente.
d) Princípio da vedação ao enriquecimento sem causa: A manutenção do capital social pelo Requerido, sem justa causa, diante da necessidade do Requerente, caracteriza enriquecimento ilícito, vedado pelo CCB/2002, art. 884.
e) Direito de ação e inafastabilidade da jurisdição: O acesso à justiça é garantido pelo CF/88, art. 5º, XXXV, sendo legítima a busca do Judiciário para tutela do direito material.
f) Tutela de urgência: O CPC/2015, art. 300, autoriza a concessão de tutela de urgência quando presentes elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, requisitos amplamente preenchidos no caso em tela.
g) Requisitos da petição inicial: O CPC/2015, art. 319, determina os elementos essenciais da petição inicial, todos devidamente observados nesta peça.
Dessa forma, a restituição do capital social depositado é medida que se impõe, sob pena de violação de direitos fundamentais e princípios basilares do direito civil e processual.
5. DO DIREITO
5.1. Direito à restituição do capital social
O Requerente, como associado, faz jus à devolução do capital social depositado, não havendo óbice legal ou estatutário para tanto, especialmente diante da urgência e da natureza alimentar do pedido.
5.2. Dignidade da pessoa humana e direito à saúde
A dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o direito à saúde (CF/88, art. 6º) impõem a necessidade de proteção prioritária ao Requerente, que necessita dos valores para tratamento médico vital.
5.3. Boa-fé objetiva e vedação ao enriquecimento sem causa
A manutenção do capital social pelo Requerido, sem justa causa, afronta a boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e caracteriza enriquecimento sem causa (CCB/2002, art. 884), sendo devida a restituição.
5.4. Tutela de urgência
A urgência do caso é manifesta, pois o Requerente necessita dos valores para custear tratamentos médicos urgentes, havendo perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (CPC/2015, art. 300).
5.5. Princípios processuais
O princípio da inafastabilidade da jurisdição (CF/88, art. 5º, XXXV) e o direito ao contraditório e à ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV) são plenamente observados, garantindo ao Requerente o acesso à tutela jurisdicional.
5.6. Precedentes judiciais
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reconhece o direito à restituição de valores depositados ou pagos em situações análogas, especialmente quando presentes elementos de urgência e necessidade, como no caso em análise.
Assim, a procedência do pedido é medida de rigor, para assegurar ao Requerente o direito à restituição do capital social depositado junto à Requerida.
6. JURISPRUDÊNCIAS
Processual civil e administrativo. Direito à saúde. Fornecimento de medicamentos. Tutela antecipada. Ressarcimento de valores. Possibilidade.
"A jurisprudência desta Corte de Justiça admite a possibilidade de restituição de valores recebidos da Administração Pública por força de liminar ou antecipação "'>...
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