Modelo de Pedido de reconsideração de indeferimento de prisão domiciliar para sentenciado em regime semiaberto, destacando a imprescindibilidade da presença do genitor para cuidado de filhos menores e fundamentação legal e c...

Publicado em: 29/05/2025 Direito Penal Processo Penal
Modelo de pedido de reconsideração dirigido ao juiz da Vara de Execuções Criminais, solicitando a concessão de prisão domiciliar a condenado em regime semiaberto que é pai e responsável por três filhos menores, com base na excepcionalidade do caso, princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do melhor interesse da criança, além de respaldo na legislação penal e jurisprudência correlata. Inclui fundamentação jurídica detalhada, síntese dos fatos, precedentes e pedidos de produção de provas.
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PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO – PRISÃO DOMICILIAR

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara de Execuções Criminais da Comarca de [inserir cidade/UF], Tribunal de Justiça do Estado de [inserir Estado].

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Requerente: A. J. dos S., brasileiro, casado, empregado, portador do CPF nº [inserir], RG nº [inserir], residente e domiciliado à [inserir endereço completo], endereço eletrônico: [inserir e-mail].
Advogado: [Nome do advogado], inscrito na OAB/[UF] sob o nº [inserir], endereço profissional à [inserir], endereço eletrônico: [inserir e-mail].
Requerido: Ministério Público do Estado de [inserir Estado], com endereço à [inserir], endereço eletrônico: [inserir e-mail].

3. SÍNTESE DOS FATOS

O requerente, A. J. dos S., foi condenado ao cumprimento de pena em regime semiaberto, encontrando-se atualmente sob a iminência de execução do respectivo mandado de prisão. Ressalte-se que o requerente é pai de três filhos menores de idade, todos sob sua responsabilidade, possui vínculo empregatício formal, residência fixa e comprovada, além de ter sido revogada, por decisão judicial, as medidas protetivas outrora impostas em razão de conflitos conjugais, haja vista a reconciliação do casal.

Diante desse contexto familiar e social, foi formulado pedido de concessão de prisão domiciliar, o qual restou indeferido sob o fundamento de ausência de previsão legal para concessão do benefício a sentenciados em regime semiaberto, salvo em situações excepcionais, não reconhecidas no caso concreto. O presente pedido de reconsideração visa demonstrar a imprescindibilidade da presença do requerente no núcleo familiar, bem como a excepcionalidade da situação, de modo a justificar a concessão da prisão domiciliar, em observância aos princípios constitucionais e legais aplicáveis.

4. DO DIREITO

4.1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E CONSTITUCIONAL

A CF/88, art. 5º, LXVI, assegura que "ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança". Ademais, a CF/88, art. 227, caput, impõe à família, à sociedade e ao Estado o dever de assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar.

O CPP, art. 317 e CPP, art. 318, prevê a possibilidade de substituição da prisão preventiva pela domiciliar em hipóteses específicas, especialmente para pais e mães de crianças menores de 12 anos ou pessoas com deficiência, desde que comprovada a imprescindibilidade da presença do genitor.

Lei  7.210/1984, art. 117 dispõe que a prisão domiciliar é cabível, via de regra, para condenados em regime aberto, ressalvando-se hipóteses excepcionais, reconhecidas pela jurisprudência, em que a medida se mostra adequada, necessária e proporcional, mesmo em regimes mais gravosos, como o semiaberto.

4.2. SITUAÇÃO EXCEPCIONAL E PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

No caso concreto, o requerente é o único responsável pelo sustento e cuidado de três filhos menores, possui emprego formal e residência fixa, demonstrando enraizamento social e ausência de risco à ordem pública. A reconciliação do casal e a revogação das medidas protetivas evidenciam a estabilidade do núcleo familiar, afastando qualquer risco de reiteração delitiva ou ameaça à vítima.

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o melhor interesse da criança (CF/88, art. 227) impõem ao julgador a análise individualizada do caso, ponderando a necessidade de proteção do núcleo familiar e a ressocialização do apenado. A concessão da prisão domiciliar, em caráter excepcional, encontra respaldo na jurisprudência pátria, desde que demonstrada a imprescindibilidade da presença do genitor e a inexistência de alternativa menos gravosa.

Ressalta-se que a manutenção do regime semiaberto, no caso, poderá acarretar prejuízos irreparáveis ao desenvolvimento dos filhos menores, que dependem do requerente para sua subsistência e formação, além de comprometer a própria função ressocializadora da pena.

4.3. DISTINÇÃO DO CASO CONCRETO E APLICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA

Embora a jurisprudência majoritária restrinja a concessão da prisão domiciliar aos casos de regime aberto ou de prisão cautelar, admite-se, em situações excepcionais, a extensão do benefício a sentenciados em regime semiaberto, desde que comprovada a imprescindibilidade da medida e a ausência de alternativa idônea, como ocorre no presente caso.

A excepcionalidade da situação do requerente, pai de três filhos menores, empregado, com residência fixa e núcleo familiar restabelecido, deve ser reconhe"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Relatório

Cuida-se de pedido de reconsideração formulado por A. J. dos S., condenado ao cumprimento de pena em regime semiaberto, no qual se pleiteia a concessão de prisão domiciliar em razão de ser o requerente pai e único responsável por três filhos menores de idade, possuir vínculo empregatício formal, residência fixa e núcleo familiar restabelecido após reconciliação conjugal. O pedido inicial foi indeferido sob o fundamento de ausência de previsão legal para concessão do benefício em regime semiaberto, salvo em hipóteses excepcionais não reconhecidas no caso concreto.

Fundamentação

A CF/88, art. 93, IX, determina que todas as decisões do Poder Judiciário devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade.
O pedido traz elementos fáticos relevantes: o requerente é pai de três filhos menores, responsável exclusivo por sua subsistência e cuidado, possui residência fixa e vínculo empregatício formal, além de ter sido revogada, por decisão judicial, as medidas protetivas anteriormente impostas, evidenciando a estabilidade familiar.

No âmbito legal, a CF/88, art. 5º, LXVI, o direito à liberdade provisória nos casos admitidos em lei, e, em CF/88, art. 227, impõe prioridade absoluta à proteção da criança, incluindo o direito à convivência familiar. O Código de Processo Penal (CPP, art. 317 e CPP, art. 318) e a Lei  7.210/1984, art. 117) preveem hipóteses de prisão domiciliar, principalmente para condenados em regime aberto ou em caráter excepcional, mediante comprovação da imprescindibilidade da presença do genitor no ambiente familiar.

A jurisprudência dominante é restritiva quanto à concessão do benefício a condenados em regime semiaberto, admitindo-o apenas em situações excepcionais e comprovadas, conforme exemplificado pelos julgados apresentados (cf. TJSP, Agravo de Execução Penal Acórdão/TJSP; Agravo de Execução Penal Acórdão/TJSP; STJ, RCD no AREsp Acórdão/STJ).

No caso concreto, entendo que estão presentes elementos que indicam a excepcionalidade da situação: a) o requerente é o único responsável por três filhos menores; b) a ausência do genitor trará prejuízo relevante e irreparável ao núcleo familiar e ao desenvolvimento das crianças; c) o apenado demonstra comportamento social adequado, vínculo empregatício e residência fixa; d) não há risco à ordem pública ou à vítima, diante da reconciliação do casal e revogação das medidas protetivas.

Os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227), da proporcionalidade e da individualização da pena (CF/88, art. 5º, XLVI) impõem a análise individualizada do caso concreto, permitindo ao julgador, diante de situação comprovadamente excepcional, flexibilizar a regra geral, em observância ao objetivo ressocializador da pena e à proteção do núcleo familiar.

Ressalto, contudo, que a concessão de prisão domiciliar em regime semiaberto deve ser reservada a hipóteses estritamente excepcionais, mediante demonstração clara da imprescindibilidade da medida, sob pena de esvaziamento do regime semiaberto e afronta ao princípio da legalidade.

Dispositivo

Ante o exposto, conheço do pedido de reconsideração, pois presentes os pressupostos de admissibilidade, e julgo procedente o pedido, para conceder a prisão domiciliar ao requerente A. J. dos S., em caráter excepcional, enquanto persistir a comprovada imprescindibilidade de sua presença no núcleo familiar, nos termos dos fundamentos acima expostos.

A concessão do benefício está condicionada ao compromisso do apenado de não se ausentar do endereço residencial sem autorização judicial, de manter o vínculo empregatício e de apresentar relatórios periódicos sobre as condições familiares, podendo o benefício ser revisto a qualquer tempo, caso constatado o desaparecimento dos pressupostos que o justificaram.

Oficie-se ao Ministério Público para ciência e manifestação quanto ao cumprimento das condições ora impostas.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Conclusão

É como voto.

[Cidade], [data].
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito

**Observações: - Os trechos entre colchetes devem ser preenchidos conforme os dados do caso concreto. - O voto está fundamentado conforme exigido pela CF/88, art. 93, IX, articulando fatos, legislação e jurisprudência. - Caso deseje a versão para improcedência ou não conhecimento, solicite novamente.


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