Modelo de Habeas Corpus com Pedido de Liminar para Revogação de Prisão Preventiva em Caso de Lesão Corporal no Contexto de Violência Doméstica

Publicado em: 07/02/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Petição de Habeas Corpus com pedido de liminar apresentada ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Montividiu – Goiás, fundamentada no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal e nos arts. 647 e 648 do CPP. O documento pleiteia a revogação da prisão preventiva de C. D. da S. G., acusado de lesão corporal no âmbito da violência doméstica, argumentando ausência de requisitos legais para a manutenção da prisão, como o periculum libertatis e o fumus commissi delicti. A peça ressalta a primariedade do paciente, residência fixa e trabalho lícito, além da possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, previstas no art. 319 do CPP, para garantir a ordem pública e proteção da vítima. Inclui jurisprudências recentes favoráveis à concessão da liberdade provisória em casos semelhantes.

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MONTIVIDIU – GOIÁS

Impetrante: [Nome do Advogado, OAB/UF]

Paciente: C. D. da S. G.

Autoridade Coatora: MM. Juíza da Vara Criminal da Comarca de Montividiu – GO

PREÂMBULO

O advogado signatário, devidamente qualificado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal de 1988, e nos arts. 647 e 648 do Código de Processo Penal (CPP), impetrar o presente HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR em favor de C. D. da S. G., atualmente preso, sob a alegação de prática de lesão corporal no contexto de violência doméstica, conforme decisão proferida nos autos de prisão em flagrante.

DOS FATOS

Conforme consta do inquérito policial, no dia 03 de fevereiro de 2025, o paciente foi preso em flagrante sob acusação de ter agredido sua ex-companheira, M. C. de M., com quem manteve uma relação de 14 anos e possui um filho adotivo menor de idade. A vítima alegou que o paciente, insatisfeito com o término do relacionamento, teria proferido ameaças e desferido uma cadeirada contra ela, causando lesões.

O paciente, por sua vez, em depoimento, negou as acusações de ameaça e agressão, afirmando que houve apenas um empurrão em legítima defesa, após a vítima ter se apossado de uma faca. Ressaltou ainda que é réu primário, possui residência fixa e trabalho lícito.

Na audiência de custódia, a prisão em flagrante foi homologada, sendo mantida a prisão preventiva sob o fundamento de garantia da ordem pública e proteção da vítima.

DO DIREITO

A prisão preventiva deve ser medida excepcional, conforme disposto no art. 312 do CPP, sendo cabível apenas quando presentes os requisitos do fumus commissi delicti e do periculum libertatis. No caso em tela, tais requisitos não estão configurados.

O paciente é réu primário, possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, conforme documentos anexados. Ademais, a própria vítima manifestou o desejo de suspensão das medidas protetivas, afirmando não se sentir ameaçada.

O princípio d"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

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RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de C. D. da S. G., preso em flagrante sob a acusação de lesão corporal no contexto de violência doméstica. A defesa argumenta pela ausência dos requisitos para a manutenção da prisão preventiva, requerendo a concessão da liberdade provisória mediante aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

FUNDAMENTAÇÃO

A análise do caso em apreço deve ser conduzida à luz dos princípios constitucionais e legais que regem a prisão preventiva e o direito à liberdade. Conforme disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, toda decisão judicial deve ser devidamente fundamentada.

No caso em tela, a prisão preventiva foi decretada com base na garantia da ordem pública e proteção da vítima, conforme art. 312 do Código de Processo Penal (CPP). Entretanto, os elementos constantes nos autos não demonstram, de forma concreta, a presença dos requisitos do fumus commissi delicti (indícios suficientes de autoria e materialidade) e do periculum libertatis (risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal).

O paciente é réu primário, possui residência fixa e trabalho lícito. Tais circunstâncias indicam que não há risco concreto de reiteração delitiva ou fuga. Ademais, conforme relatado, a vítima expressou não se sentir ameaçada e manifestou desejo de suspensão das medidas protetivas, o que enfraquece o argumento de perigo à ordem pública ou à integridade da ofendida.

O princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da CF/88, impõe que a prisão preventiva seja medida de exceção, sendo aplicável apenas quando não houver outra medida suficiente para salvaguardar os interesses do processo penal. Nesse sentido, as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, como o comparecimento periódico em juízo, a proibição de contato com a vítima e a proibição de se ausentar da comarca, revelam-se adequadas e proporcionais ao caso concreto.

Por fim, destaco a jurisprudência consolidada sobre o tema:

  • TJSP (11ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP: “Pleito de liberdade provisória. Delito de lesão corporal em contexto de violência doméstica ou familiar. Não estão presentes os requisitos da prisão preventiva. Paciente primário, possuidor de residência fixa e ocupação lícita. Aplicação das medidas cautelares previstas no CPP, art. 319. Ordem concedida.”
  • TJSP (13ª Câmara de Direito Criminal) - Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP: “Descumprimento de medida protetiva. Prisão preventiva. Gravidade abstrata do delito insuficiente para determinar a prisão cautelar. Réu primário e com bons antecedentes. Medidas alternativas à prisão em condições de oferecer resposta cautelar mais adequada para o caso concreto. Ordem concedida.”

DISPOSITIVO

Diante do exposto, com fundamento no art. 5º, LXVIII, e art. 93, IX, da Constituição Federal, bem como nos arts. 312 e 319 do Código de Processo Penal, voto no sentido de conceder a ordem de habeas corpus, determinando a revogação da prisão preventiva do paciente C. D. da S. G., mediante aplicação das seguintes medidas cautelares:

  1. Comparecimento periódico em juízo, conforme periodicidade a ser fixada pelo juízo de origem;
  2. Proibição de manter contato com a vítima por qualquer meio de comunicação;
  3. Proibição de se aproximar da vítima a uma distância mínima de 300 metros;
  4. Proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização judicial.

Recomendo que o juízo de origem monitore o cumprimento das medidas cautelares e adote as providências necessárias em caso de descumprimento.

É como voto.

CONCLUSÃO

Com o voto acima, acolho os fundamentos jurídicos e os princípios constitucionais aplicáveis ao caso, reafirmando o dever do Poder Judiciário de garantir a liberdade de forma responsável e proporcional, sem prejuízo à segurança da vítima ou à ordem pública.


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