Modelo de Defesa Preliminar – CPP, art. 396

Publicado em: 06/11/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de defesa preliminar nos termos do CPP, art. 396, referente à denúncia pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Inclui fundamentação jurídica, constitucional e argumentação detalhada visando a rejeição da denúncia e a produção de provas.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [CIDADE/UF]

[Nome do Acusado], nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], e-mail: [endereço eletrônico], por seu advogado que esta subscreve, nos autos do processo-crime em epígrafe, que lhe move o Ministério Público, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA PRELIMINAR, com fulcro no CPP, art. 396 e CPP, art. 396-A, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

I - DOS FATOS

O acusado foi denunciado pela suposta prática dos crimes previstos no CP, art. 180 e CP, art. 311, qual seja, receptação e adulteracão de sinal identificador de veículo automotor. Segundo a peça acusatória, o acusado teria, em [data], sido flagrado na posse de um veículo que apresentava sinais de adulteração em seus elementos identificadores, bem como não comprovado a origem lícita do bem.

Entretanto, os fatos apresentados pela denúncia não correspondem à realidade, conforme será demonstrado a seguir.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Primeiramente, importa ressaltar que o acusado não possuía ciência da origem ilícita do veículo, tendo adquirido o bem de boa-fé, mediante contrato particular de compra e venda, o que afasta o dolo necessário para a caracterização do crime de receptação, nos termos do CP, art. 180. A aquisição ocorreu de forma lícita e com todos os documentos apresentados pelo vendedor, razão pela qual o acusado não tinha motivos para desconfiar de sua procedência.

Ademais, quanto ao crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, previsto no CP, art. 311, é necessário que o agente tenha concorrido para a alteração dos sinais identificadores do veículo. O acusado jamais participou ou teve qualquer envolvimento com tal prática, sendo surpreendido com a situ"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO, CONCEITOS E DEFINIÇÕES

A defesa preliminar tem como finalidade apresentar as primeiras alegações do acusado em face da denúncia oferecida pelo Ministério Público, buscando, se possível, a rejeição da acusação antes da abertura da instrução processual. No presente caso, o acusado foi denunciado pela prática dos crimes de receptação (CP, art. 180) e adulteração de sinal identificador de veículo automotor (CP, art. 311).

Em relação à receptação, o conceito do crime está relacionado à aquisição, recebimento ou ocultação de coisa que se sabe ser produto de crime, sendo necessário o dolo para a caracterização do delito. No caso em tela, a defesa argumenta que o acusado agiu de boa-fé, não possuindo conhecimento da origem ilícita do veículo.

Quanto ao crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, exige-se a participação direta do acusado na alteração dos sinais identificadores do veículo, o que não ocorreu, visto que o acusado sequer tinha conhecimento de tal fato.

Defesas Possíveis pela Parte Contrária: A parte contrária pode alegar que o acusado deveria ter diligenciado melhor quanto à origem do veículo, buscando meios de verificar sua licitude. Além disso, poderá argumentar que os documentos apresentados pelo vendedor não seriam suficientes para garantir a boa-fé do acusado.

Considerações Finais:

A defesa preliminar apresentada busca demonstrar a ausência de dolo por parte do acusado, afastando a possibilidade de condenação pelos crimes imputados, antes mesmo da instrução processual. A presunção de inocência deve prevalecer, cabendo ao órgão acusador demonstrar, de forma inequívoca, a participação consciente e voluntária do acusado nos crimes apontados.



TÍTULO:
DEFESA PRELIMINAR EM DENÚNCIA POR RECEPTAÇÃO E ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR


1. INTRODUÇÃO

Objetivo e Contextualização - Esta defesa preliminar é apresentada com base no CPP, art. 396, em resposta à denúncia pelos crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. A defesa argumenta pela ausência de dolo e pela boa-fé do acusado na aquisição do bem, bem como solicita a produção de provas que reforcem sua inocência.

Legislação:

Jurisprudência:


2. DEFESA PRELIMINAR

Contestação da Acusação - A denúncia fundamenta-se em suposições que não comprovam o dolo na conduta do acusado. A defesa argumenta que o comprador do veículo desconhecia a procedência ilícita e que não há provas que demonstrem conhecimento prévio sobre a adulteração, configurando boa-fé.

Legislação:

Jurisprudência:


3. MODELO DE DEFESA PRELIMINAR CPP, ART. 396

Estrutura e Argumentação Jurídica - A defesa preliminar segue a estrutura exigida pelo CPP, art. 396, abordando a ausência de elementos que comprovem o dolo do acusado. Além disso, a defesa requer a realização de perícia no veículo, a fim de identificar sua procedência e o grau de conhecimento do acusado sobre eventuais irregularidades.

Legislação:

  • CPP, art. 396-A, § 2º - Realização de perícia como meio de defesa
  • CP, art. 311, parágrafo único - Sanções previstas para adulteração de sinal de identificação de veículo
  • CF/88, art. 5º, LV - Direito ao contraditório e à ampla defesa

Jurisprudência:


4. JUSTIFICAÇÃO DE DEFESA

Exposição dos Fatos - A defesa demonstra que o acusado adquiriu o veículo por meio de negociação lícita, não tendo conhecimento da possível adulteração. A justificativa expõe que não havia qualquer indício aparente de irregularidade, corroborando a boa-fé na transação.

Legislação:

Jurisprudência:


5. DEFESA PRÉVIA PENAL

Solicitação de Provas e Argumentação Jurídica - Com base no direito à ampla defesa, requer-se a produção de provas adicionais, incluindo oitiva de testemunhas e análise da cadeia de posse do veículo. Tais provas são fundamentais para demonstrar a inexistência de dolo, evitando a condenação de um inocente.

Legislação:

Jurisprudência:


6. BOA-FÉ E AUSÊNCIA DE DOLO

Argumento de Defesa - A caracterização da boa-fé no comportamento do acusado retira a presença do dolo necessário para a tipificação do crime de receptação. A defesa alega que o simples fato de possuir o veículo, sem ciência de sua procedência ilícita, não configura o crime em sua totalidade.

Legislação:

Jurisprudência:


7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclusão e Pedido - Em razão dos argumentos apresentados, a defesa requer a rejeição da denúncia por falta de justa causa para a ação penal, alternativamente a absolvição com base no CPP, art. 386, III, ou, ainda, o reconhecimento da receptação culposa. Solicita-se, ainda, a produção de provas em audiência para sustentar a inexistência de dolo na conduta do acusado.


 


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