Modelo de Ação Revisional de Contrato de Empréstimo Pessoal Bancário contra Banco XYZ S.A. para Limitação de Juros Abusivos, Exclusão de Tarifas Indevidas e Restituição de Valores Pagos a Maior com Base no CDC e Jurisprud...

Publicado em: 17/07/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial que propõe ação revisional contra banco, visando a limitação da taxa de juros remuneratórios ao patamar legal, exclusão de cobranças abusivas como seguros e tarifas, e restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e jurisprudência do STJ. Contém pedidos de tutela de urgência, inversão do ônus da prova e produção de provas documentais e periciais.
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PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL BANCÁRIO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, comerciário, portador do CPF nº 123.456.789-00, RG nº 12.345.678-9, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 12345-678, Cidade/UF, vem, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL BANCÁRIO em face de Banco XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº 12.345.678/0001-99, com sede na Avenida das Américas, nº 2000, Bairro Centro, CEP 12345-000, Cidade/UF, endereço eletrônico [email protected].

3. DOS FATOS

O Autor celebrou com o Réu, em [data], contrato de empréstimo pessoal bancário, registrado sob o nº [número do contrato], para financiamento de necessidades pessoais, com pagamento em [número] parcelas mensais fixas, mediante débito em conta corrente.

Ocorre que, ao longo da execução contratual, o Autor percebeu que as parcelas estavam sendo cobradas em valores superiores ao inicialmente previsto, motivando a análise detalhada do instrumento contratual e dos extratos bancários anexos.

Verificou-se que a taxa de juros remuneratórios pactuada (exemplo: 8,5% a.m.) supera de forma significativa a taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil para a mesma modalidade e período, sendo, inclusive, superior a uma vez e meia a referida média, sem justificativa concreta para tal disparidade.

Além disso, foram identificadas cobranças de tarifas e encargos acessórios não previamente esclarecidos ao Autor, como seguro prestamista e tarifa de avaliação de bem, sem comprovação da efetiva prestação dos serviços ou da livre escolha do consumidor, caracterizando possível venda casada.

O Autor tentou, sem êxito, solucionar administrativamente a questão junto ao Réu, restando infrutíferas as tentativas de revisão amigável das cláusulas abusivas e de restituição dos valores pagos a maior.

Diante do exposto, não restou alternativa senão buscar a tutela jurisdicional para a revisão das cláusulas contratuais abusivas, a limitação dos juros remuneratórios à taxa média de mercado, a exclusão de cobranças indevidas e a restituição dos valores pagos a maior.

Resumo lógico: Os fatos narrados evidenciam a existência de cláusulas contratuais potencialmente abusivas, com desequilíbrio na relação contratual, justificando a intervenção judicial para restabelecer o equilíbrio e a boa-fé objetiva nas relações de consumo.

4. DO DIREITO

4.1. DA RELAÇÃO DE CONSUMO E DA APLICABILIDADE DO CDC

A relação estabelecida entre o Autor e o Réu é tipicamente de consumo, estando ambas as partes submetidas às normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC), nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º, e conforme entendimento consolidado na Súmula 297/STJ.

O CDC, art. 6º, V, assegura ao consumidor a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.

4.2. DA POSSIBILIDADE DE REVISÃO CONTRATUAL

A revisão judicial de contratos bancários é medida de exceção, admitida quando demonstrada a existência de onerosidade excessiva ou desequilíbrio contratual, conforme entendimento do STJ (REsp. 1.061.530/RS/STJ). A pacta sunt servanda pode ser flexibilizada para assegurar o equilíbrio contratual e a proteção do consumidor, princípio este consagrado no CDC, art. 6º, V, e CCB/2002, art. 421.

No caso em tela, a taxa de juros remuneratórios pactuada supera uma vez e meia a taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central, sem justificativa concreta, o que caracteriza abusividade e afronta ao princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

4.3. DA ABUSIVIDADE DAS TAXAS DE JUROS E ENCARGOS

A jurisprudência do STJ admite a limitação dos juros remuneratórios ao patamar de uma vez e meia a taxa média de mercado, quando comprovada a flagrante disparidade e ausência de justificativa plausível (STJ, REsp. 1.061.530/RS/STJ; Súmula 382/STJ). A cobrança de juros em patamar excessivo viola o CDC, art. 51, IV, e o princípio do equilíbrio contratual.

Da mesma forma, a cobrança de tarifas e seguros não contratados de forma livre e esclarecida caracteriza prática abusiva, vedada pelo CDC, art. 39, I, e pela jurisprudência consolidada (STJ, REsp. 1.255.573/RS/STJ).

4.4. DA RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS A MAIOR

O CDC, art. 42, parágrafo único, prevê a restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, independentemente de má-fé, quando configurada cobrança indevida, em consonância com a boa-fé objetiva e a vedação ao enriquecimento sem causa (CCB/2002, art. 884).

4.5. DA PROVA MÍNIMA E DOS REQUISITOS DA INICIAL

O Autor instrui a presente inicial com cópia do contrato, extratos bancários e planilha de cálculo do valor incontroverso, atendendo ao CPC/2015, art. 319, e ao CPC/2015, art. 330, §2º, que exigem a indicação das obrigações impugnadas e o cálculo do valor incontroverso do débito.

Resumo lógico: O direito à revisão contratual decorre da demonstração de desequilíbrio e onerosidade excessiva, sendo cabí"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

1. Relatório

Trata-se de ação revisional de contrato de empréstimo pessoal bancário proposta por A. J. dos S. em face de Banco XYZ S.A., visando a (i) limitação da taxa de juros remuneratórios ao patamar da média de mercado, (ii) exclusão de tarifas e seguros não contratados de forma livre e esclarecida, e (iii) restituição em dobro dos valores pagos a maior.

A parte autora alega abusividade na estipulação dos juros remuneratórios, bem como cobrança de encargos acessórios sem prévia informação ou opção de contratação, caracterizando possível venda casada e violação à boa-fé objetiva. Pleiteia, assim, a revisão das cláusulas contratuais, limitação dos juros e devolução dos valores indevidamente pagos.

O réu apresentou defesa, sustentando a legalidade do contrato e das cobranças efetuadas.

2. Fundamentação

2.1. Da Fundamentação Constitucional e Legal

Inicialmente, destaco que a motivação das decisões judiciais é requisito essencial de validade, conforme CF/88, art. 93, IX, que exige que todos os julgamentos sejam fundamentados, sob pena de nulidade.

2.2. Da Relação de Consumo

Está demonstrada nos autos a existência de relação de consumo entre as partes, enquadrando-se o autor como consumidor (CDC, art. 2º) e o réu como fornecedor de serviços financeiros (CDC, art. 3º), aplicando-se, portanto, as normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor.

2.3. Da Possibilidade de Revisão Contratual

A revisão de contratos é admitida na hipótese de onerosidade excessiva ou de desequilíbrio entre as partes, nos termos do CDC, art. 6º, V e do CCB/2002, art. 421. Os documentos juntados comprovam que a taxa de juros remuneratórios pactuada é superior a uma vez e meia a taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil, sem justificativa plausível. Tal circunstância caracteriza abusividade, conforme consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ, REsp. Acórdão/STJ).

Ressalto que a jurisprudência admite a limitação dos juros remuneratórios ao patamar da média de mercado, quando demonstrada disparidade significativa (STJ, REsp. Acórdão/STJ; Súmula 297/STJ).

2.4. Da Abusividade das Tarifas e Encargos

Restou comprovada a cobrança de seguros e tarifas acessórios sem informação clara ou manifestação de vontade do consumidor, configurando prática abusiva vedada pelo CDC, art. 39, I e afronta à boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422). A venda casada é expressamente proibida, devendo ser excluídas do contrato tais cobranças.

2.5. Da Restituição dos Valores Pagos a Maior

O CDC, art. 42, parágrafo único, estabelece a restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, salvo engano justificável, o que não se verifica nos autos. Assim, faz jus o autor à devolução em dobro dos valores cobrados a maior, a ser apurada em liquidação de sentença.

2.6. Da Prova e dos Requisitos da Inicial

A inicial veio instruída com contrato, extratos bancários e planilha de cálculo, atendendo ao disposto no CPC/2015, art. 319, bem como demonstrando o valor incontroverso do débito.

2.7. Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência consolidada dos tribunais superiores e estaduais corrobora o entendimento de que é cabível a revisão dos contratos bancários em situações excepcionais de abusividade na cobrança de juros e encargos, com limitação à taxa média de mercado (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP; STJ, REsp. Acórdão/STJ).

3. Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para:

  • a) Determinar a revisão do contrato de empréstimo pessoal bancário, limitando a taxa de juros remuneratórios ao patamar de uma vez e meia a taxa média de mercado, conforme divulgada pelo Banco Central do Brasil para a modalidade e período;
  • b) Excluir do contrato as cobranças de tarifas e seguros não contratados de forma livre e esclarecida, reconhecendo a prática de venda casada;
  • c) Condenar o réu à restituição em dobro dos valores pagos a maior pelo autor, nos termos do CDC, art. 42, parágrafo único, a ser apurada em liquidação de sentença;
  • d) Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, na forma do CPC/2015, art. 85;
  • e) Determinar a inversão do ônus da prova, na forma do CDC, art. 6º, VIII;
  • f) Homologo a produção das provas já apresentadas, e defiro as demais que se mostrarem necessárias à apuração do quantum debeatur.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Sentença fundamentada, nos termos do CF/88, art. 93, IX.


[Cidade/UF], [data].

[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito

**Observações:** - As citações legais estão no formato solicitado (ex: CF/88, art. 93, IX). - O voto está fundamentado, com menção aos fatos, à legislação aplicável e à jurisprudência. - O dispositivo contempla a procedência do pedido, conforme os fundamentos apresentados. - Estrutura em HTML com títulos, parágrafos e listas para organizar o conteúdo.

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